Quanto Custa a Iguatu

22/02/2025

Por Paulo Cesar Barreto

Arquiteto e Urbanista. Foi Secretário de Obras, Desenvolvimento Urbano e Meio-ambiente na Prefeitura de Iguatu.

Quanto custa resolver, em termos financeiros, as carências de infraestrutura urbanas básicas no município de Iguatu?

Em um exercício estimativo baseado em vivências e estudos da realidade do desenvolvimento urbano do município (cidade e suas sedes distritais) podemos assegurar do imenso desafio que é executar ações de bom planejamento, programas e projetos para que os recursos empregados resultem em efetividade e benefício a todos os cidadãos. Todas as demandas de infraestrutura urbana de Iguatu agigantaram-se e encontram-se, hoje, na condição de emergência e inadiáveis ocasionado de um passivo por anos de descuidos administrativos.

Não é difícil destacá-las, porque são conhecidas e estão presente em todo dia-dia dos iguatuenses:

– Esgotamento sanitário (coleta e tratamento);

– Drenagem de águas pluviais;

– Mobilidade urbana com ênfase em transporte coletivo e alternativos;

– Déficit habitacional com inclusão social;

– Coleta e tratamento de resíduos urbanos (educação ambiental, reciclagem, UVS e taxa de lixo);

– Pavimentação em conjunto com arborização.

Tratando-se de coleta e tratamento de esgotos é sábio que a sua falta representa um grave problema de saúde pública, uma agressão e poluição intensiva aos nossos rios e lagoas e impõe dispêndios consideráveis aos negócios imobiliários e a outras atividades econômicas.

Em empréstimo ao Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF e Prefeitura, estima-se que em 55 meses, uma obra de coleta e tratamento de esgotos será construída na cidade de Iguatu, constando de uma rede coletora de 71km, 14 mil ligações prediais divididas em 05 bacias com respectivas elevatórias e uma estação de tratamento por filtros anaeróbicos localizada próximo ao Aeroporto Tomé da Frota. Em custos atualizados de aproximadamente 72 milhões de reais o que equivale que cada km de rede terá um valor de pouco mais de 1 milhão de reais. Os bairros atendidos pelo empreendimento serão Centro, Veneza, Cocobó, 7 de Setembro, Santo Antônio, Vila Cidao, Cajueiro, Alvorada, Areias 1, Paraná, Jardim Iguatu e Bastiana.

Isso representa em torno de 45% da malha viária da cidade.

Ficarão faltando atender áreas remanescentes e outros bairros da zona urbana com necessidade de implantação redes de coleta em 158 km nas vias restantes e mais 199 km de rede em ruas provenientes de novas áreas de expansão urbana dos loteamentos autorizados nos últimos 15 anos.

Portanto, quando da conclusão da obra do esgotamento sanitário promovido pelo CAF e Prefeitura, ainda faltarão, por hoje, a implantação de mais 357 km de rede coletora de esgoto a um investimento no montante estimado de 357 milhões de reais.

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