O sepultamento da estudante Perpétua Laís Leandro de Lima, 14, aconteceu na manhã de ontem, no cemitério do sítio Alto da Várzea, zona rural de Icó.

Familiares, amigos e parentes que vieram de Fortaleza prestaram as últimas homenagens. A adolescente morreu depois que uma coluna de tijolos caiu sobre a cabeça dela enquanto balançava em uma rede, na noite da última quarta-feira, 19, no sítio Alto da Várzea dos Batistas, onde morava.

“Ela estava participando de um velório de um familiar nosso, porque ainda somos parentes. Ela estava numa rede com mais duas amigas e outra menina estava em outra rede, deitadas. Meninos avisaram pra elas saírem de lá. Mas elas não deram por conta. Quando meu neto ia chegando perto para pedir pra elas saíram, só escutamos a pancada. Foi um alvoroço muito grande. Ficamos sem chão na comunidade”, lamenta José Océlio Batista, presidente da Associação de Moradores do Alto da Várzea dos Batista e primo da vítima.

Laís foi socorrida ainda com vida por populares, mas faleceu antes de chegar ao Hospital Regional de Icó. A menina era filha única do conselheiro tutelar Wesley Leandro e Valéria Leandro. Ela era bastante querida pela família e amigos. “Era tudo pra gente. Era nossos pés e mãos. Não sabemos como vamos viver sem nossa menina. Só peço a Deus força pra aguentar tanta dor”, disse Cícera Quaresma, avó de Laís.

Parte da coluna de tijolos ficaram espalhadas no chão. A tragédia abalou os moradores da comunidade. O imóvel estava desabitado. Há cerca de cinco anos outra pilastra da casa caiu, ferindo a perna de um morador, que também havia armado uma rede no local. “Na época deu tempo ele correr, mas ainda saiu ferido da perna. Passou muito tempo se recuperando. Agora foi nossa menina Laís”, lamentou José Océlio.