A produção é diária. Logo cedinho, Francisca Lourenço e a equipe já começa a lavagem das frutas, depois vem o descasque, corte e processamento. A etapa seguinte é o embalamento e colocação para o resfriamento na câmara fria. Falando assim, parece fácil, mas é um trabalho que requer muito zelo, dedicação, cuidado e principalmente higiene. “Sempre foi uma de nossas preocupações oferecer sempre produtos com qualidade, higiene e preços justos para os nossos clientes”, destacou Quinha, como é conhecida.
A produção diária chega a de mais de 100 quilos. O processamento das frutas depende da época. Nesse período a demanda é maior pela manhã, mas um dos mais comercializados é o maracujá. De acordo com Quinha, quando a fruta está em produção, são comprados muitos quilos, processados e armazenados, estratégia para não deixar faltar o produto, mas são muitos outros desafios. “A nossa maior dificuldade é encontrar frutas aqui na nossa região. A maioria vem de fora. Se tivessem aqui mais produtores, seria bem mais fácil para esse segmento. Todo dia tem venda, ou muita ou pouca, mas tem. Por isso é importante essa estratégia para não deixar a clientela sem o produto”, pontuou a empreendedora.
Trajetória
O tino para o mercado empreendedora da agroindústria partiu depois que Quinha passou a cursar Agroindústria no IFCE – Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia, em 2008. Na época trabalhava também de diarista. “Depois que entrei para o curso de Agroindústria, no IFCE, despertou o interesse de montar meu próprio negócio. Fiz um bom estágio em uma empresa de polpa e aprendi muita coisa. Sou muito grata ao IFCE, onde aprendi muito. É tanto que somos parceiros hoje, recebemos aqui estagiários do Instituto”, comemorou.
Com o tempo o negócio que começou com um liquidificador e um freezer adquiriu uma estrutura bem mais moderna e equipada. “Mas não vou parar por aqui. Tenho a pretensão de fazer novos investimentos. A pandemia da Covid 19 atrapalhou muito. Tive que investir em energia solar, mas a gente pretende logo melhorar cada vez mais nossas condições de trabalho com mais equipamentos”, disse, afirmando que seu propósito é envolver ainda mais sua família junto aos negócios, no sentido de gerar renda para melhorar a qualidade de vida deles.
A empresa de Quinha gera pelo menos três empregos diretos. “Eu busco empregar primeiramente a pessoa que se identifica com o negócio, porque é uma responsabilidade muito grande até porque tem a clientela que não pode deixar de ser abastecida. A gente vende para bares, lanchonetes, restaurantes, supermercados, para muitos clientes que já costumam comprar aqui desde o início, outras pessoas que conhecem agora. Então temos esse compromisso”, ressaltou.
Para agregar mais valor às vendas, a Só Frutas, além da entrega, tem um ponto de vendas, na rua 12 de outubro. Na vizinhança, clientes de bairros vizinhos acabam comprando diretamente da fábrica. “Esse ponto ajuda muito, as pessoas vêm aqui diretamente, a gente conversa com o cliente, tem gente que está desde o início e se mantém firme aos nossos produtos. Sou grata por cada um, aquele que compra um pacotinho para consumir em casa, ou aquele dono de negócio que compra com a gente. Todos são especiais”.
As pessoas interessadas em conhecer mais sobre os produtos bastam acessar o perfil no instagram: @sofrutasiguatu ou @kinhasofrutas
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