Respeitar, recusar, reduzir, reutilizar, retomar, reformar e reciclar, são alguns dos princípios que fortalecem o Projeto Abaeté, responsável pela organização e realização da Cavalgada Ecológica, que neste domingo, 07, chega a quinta edição. O evento que acontece às margens do rio Jaguaribe já se tornou tradição em Iguatu, e conta com duas frentes de saídas. As concentrações acontecem por volta das 7h na Vila Itans e Juazeirinho.
“A gente vai ter essa concentração nessas duas localidades, com um café compartilhado. Por volta das 8h, a gente sai dessas localidades no sentido da ponte férrea, que é um cartão postal, lá em baixo os cavaleiros e amazonas se encontram onde acontece uma benção religiosa. Logo em seguida a gente segue para a praça Alcântara Nogueira, para um churrasco de confraternização”, disse Neto Braga, idealizador do evento, afirmando que o objetivo maior é mostrar a realidade da degradação e devastação que vive o rio Jaguaribe.
“Esse evento é uma culminância do nosso projeto ambiental, no qual a gente leva para o rio as turmas de estudantes para eles verem a triste realidade que sofre o maior rio seco do mundo”, ressaltou Neto Braga, afirmando que a intenção é chamar a atenção das pessoas para os problemas ambientais que o rio sofre como despejo de esgoto, lixo, além do desmatamento da mata ciliar, entre outros danos provocados diariamente a esse importante manancial.
Tradição
Este ano, o evento deve reunir mais de cem cavaleiros e amazonas. O evento conta com o apoio de empresas e entidades de classe e instituições sociais. Outra tradição da cavalgada é no percurso como se cada grupo de cavaleiros encena a batalha das forças republicanas de Tristão Gonçalves. “A gente presta essa homenagem a Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, a alma afoita da Confederação do Equador, presidente da província do Ceará e que morreu na localidade de Santa Rosa, dentro do rio Jaguaribe, antiga Jaguaribara. Morreu em luta pela liberdade”, contou Neto Braga.
Este ano a cavalgada também presta homenagem a Cipriano Barata, “O sentinela da liberdade”.
Saiba mais
Tristão Gonçalves nasceu em Barbalha (Cariri), no dia 17 de setembro de 1789 e faleceu em Santa Rosa (antiga Jaguaribara – cidade coberta pelas águas do açude Castanhão) às margens do rio Jaguaribe, no dia 31 de outubro de 1824. Era filho de Bárbara de Alencar, destacou-se por ser um importante revolucionário, participando da Revolução Pernambucana em 1817 e da Confederação do Equador em 1824. Foi assassinado pelas forças imperiais.
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