A Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade Urbana e Segurança de Iguatu, por meio do do Departamento Municipal de Trânsito – Demutran em parceria com a Secretaria de Infraestrutura, fez um relatório sobre os acidentes ocorridos ano passado. Dos 104 acidentes registrados, 21 pessoas perderam a vida.
No pátio externo do Demutran é grande o número de veículos apreendidos, e muitos deles estiveram envolvidos em algum tipo de acidente. De acordo com o relatório, elaborado pelo engenheiro civil Jônatas Pereira da Silva, 2020 registrou uma média de 8 acidentes por mês, no total de 104 registros. Dezembro foi o mês em que mais ocorreram acidentes, totalizando 18 ocorrências, enquanto que em abril, período ainda de início da pandemia e quando a cidade estava em isolamento social mais rígido, foram registrados apenas 2 acidentes.
Dos mais de 50% de acidentes registrados em Iguatu, a Avenida Dr. Carlos Roberto Costa (Perimetral) lidera com 19% do total de ocorrências, seguida pela Avenida Joaquim Ailton Alexandre (Rua do Cruzeiro) com 7%. Ambas as vias são rodovias estaduais, trechos da CE- 060. As duas vias registraram 26% dos acidentes totais do município ano passado. “O mapa em si, a função dele é localizar os locais onde acontecem mais acidentes para poder identificar a causa. Pode ser uma má sinalização, uma sinalização que não exista e precisa ser instalada, uma correção de via. Às vezes um cruzamento mal posto pode ocasionar acidentes. E também identificar os tipos de veículos envolvidos e a parte educacional e da fiscalização do trânsito. Para poder atuar, por exemplo, fazer fiscalização, fazer campanhas educativas na cidade”, apontou Jônatas Pereira da Silva, engenheiro responsável pelo relatório.
Ainda de acordo com o relatório, foram observados que de terça-feira a quinta-feira, ocorrem cerca de 60% acidentes, já os três dias que compõem um fim de semana, sexta-feira, sábado e domingo, 40% das ocorrências de acidentes, isso em apenas 03 dias. “A soma da imprudência de algumas pessoas, somando com a bebedeira, resulta nesses acidentes e muito deles com vítimas fatais, infelizmente”, lamentou Jackson Barbosa, diretor de trânsito do Demutran.
Motociclistas
A quantidade de mortes em decorrência desses acidentes de trânsito assusta. Foram 21 óbitos em 2020, sendo que desse total 8 foram registrados pelo Demutran, o que resulta numa taxa de letalidade de 7,76 óbitos por 100 mil habitantes. Desse total de mortes, 7 faleceram ao conduzir motocicleta e 1, carro.
“Infelizmente, nossa população acaba exagerando um pouco. As pessoas passaram muito tempo em casa, com a reabertura gradual da economia, algumas pessoas estão exagerando. É entristecedor, é infeliz essa realidade que a gente está voltando a vivenciar, visto que no auge da pandemia os acidentes vinham diminuindo bastante. Principalmente por parte dos motociclistas que estão mais expostos, a motocicleta é um meio de transporte que tem uma insegurança maior para o ocupante. O risco de ter uma fratura, um trauma, ou outros quadros é muito maior. É preciso ter uma atenção maior por desses motociclistas principalmente no trânsito. Tem que ficar atento pelos outros também”, destacou o médico intervencionista do SAMU, Álvaro Silva de Carvalho.
O moto-taxista José Audênio Fernandes disse que não se sente seguro em trabalhar nas ruas da cidade. “Eu não me sinto seguro. Estou na rua diariamente em cima de uma moto, levando e trazendo gente, mas ando com cuidado, e presencio muitos acidentes. Esses dados são reais e mostram a nossa a realidade. A gente vê muita imprudência por parte de muitas pessoas que andam de carro e moto em nossa cidade. Eu atribuo mais à questão do respeito. O trânsito é feito pelo respeito, um pelo outro. Dava para melhorar ainda mais a fiscalização por parte dos agentes do Demutran, como também sinalização. Eu acho que Iguatu tem tudo para ser uma cidade modelo e melhorar nessa questão dos acidentes, diminuindo principalmente esses acidentes”.
E é justamente isso que pretende o relatório que servirá de auxílio para a Secretaria Municipal de Trânsito ter um melhor entendimento dos acidentes, e assim poder traçar melhores estratégias e ações para um trânsito mais seguro.
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