O passar das horas era algo comum na profissão. A cada relógio consertado, o ponteiro mostrava que a vida passa sem pressa. Mas quis o destino que um câncer surgisse na vida de Ribamar Firmino Sampaio, 62, o ‘Ribinha Relojoeiro’. O tempo tornou-se seu inimigo e agora ele busca forças e apoio de amigos para vencer essa batalha pela vida.
Há três meses, quando conviveu com fortes dores abdominais, sua rotina mudou da noite para o dia. Após exames específicos, descobriu a adenocarcinoma. A doença, caracterizada por um tumor maligno, já atingiu o fígado. Para atenuar as dores muito presentes, vem tomando medicamento à base de morfina.
Por 25 anos, na Rua Floriano Peixoto, em Iguatu, em sua banca, consertava relógios e trocava baterias, e foi assim que constituiu família com esposa e três filhos. O dom, ele herdou do pai, que o ensinou a manusear as ferramentas, hoje encostadas. Em meio a toda tribulação, mantém a esperança de vencer a doença e voltar a sua vida normal. “O que mais quero. Fui surpreendido com isso tudo. Minha vida virou de cabeça para baixo. Mas acredito que vou voltar a fazer o que sei”, afirmou.
Esperança e ajuda
Os dias de correria no centro da cidade foram trocados pelo conforto de seu humilde lar na Rua Professor João Coelho, 414, local em que reside há 40 anos, e agora tem a inevitável companhia da “angústia”. No próximo dia 16 deve iniciar a triagem avaliativa. Ele ainda não sabe se vai iniciar a quimioterapia de imediato, ou se uma cirurgia de urgência deverá ser aplicada.
Com a renda comprometida, ele afirma que aguarda todo tipo de ajuda. Sua imagem, relatando a atual condição de saúde, viralizou nas redes sociais com a ‘Chave PIX’. “Tenho amigos que vêm ajudando com cestas básicas e valores. Neste momento não tenho condições de trabalhar e por isso é muito bem-vindo qualquer tipo de auxílio”, disse.
Também artista, Ribinha toca violão como ninguém, tendo se apresentado com músicos da região nas noites da cidade. Quando jovem ganhou festivais com as canções ‘Samba é Desse Jeito’ e ‘Jangadeiro’, ambas de sua autoria, e ainda hoje lembrada pelos saudosistas. Tocar e esbanjar o sorriso no rosto é outra meta. “Ainda hoje toco, quando quero esquecer um pouco disso tudo, arranho o instrumento. O que mais quero é tocar com a alegria de antes”, desejou.
Serviço
Telefone: (88) 9 9225.2440
Pix: 07866182302 – Vinícius do Nascimento Sampaio
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