Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
Os trabalhos da Assembleia Legislativa do Ceará serão retomados no próximo dia 3 de fevereiro. Após o recesso parlamentar, os deputados estaduais deverão ter um ano com pauta apertada por causa das eleições municipais. Afinal, muitos deles, que têm bases eleitorais no interior do Estado, vão se engajar nas campanhas de aliados políticos que vão tentar novos mandatos políticos para prefeito e vereador. O presidente José Sarto promete cobrar os colegas para evitar qualquer esvaziamento das sessões.
Na Assembleia, as pendências para votação no primeiro semestre ficam por conta do processo do deputado André Fernandes (PSL) no Conselho de Ética e a atualização do Regimento Interno da Casa.
Mas há outros temas que também devem dominar os debates. Meio ambiente, recursos hídricos e eleição devem figurar nas discussões dos deputados na Assembleia Legislativa, no retorno do recesso parlamentar. O deputado Evandro Leitão (PDT), por exemplo, apresentou o projeto de autoria dele e do deputado Marcos Sobreira (PDT), que prevê a proibição da distribuição, gratuita ou onerosamente, de sacolas plásticas descartáveis, compostas por polietilenos, polipropilenos ou similares. “Espero que seja aprovado, tendo em vista a repercussão que traz para a sociedade e para o meio ambiente”, afirmou.
Já a deputada Fernanda Pessoa (PSDB) avalia que a Assembleia Legislativa deve acompanhar em 2020 o andamento da transposição do rio São Francisco e cobrar a conclusão do trecho que trará a água para o Ceará. Também destaca as visitas técnicas e fiscalizações feitas pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que vistoriam as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Policlínicas e Hospitais Regionais, com o objetivo de avaliar o funcionamento, a infraestrutura, os equipamentos e se há médicos qualificados.
A questão hídrica também deve ser lembrada pelos deputados. Nizo Costa (PSB) e Guilherme Landim (PDT) mostram preocupação com o armazenamento de água nos principais reservatórios do Ceará. Na Região Centro-Sul, há três grandes reservatórios em situação delicada: o açude Trussu, com menos de 5% de capacidade; açude Orós, que está com apenas 5,11% de volume; e o açude Muquém, com 15% de capacidade.
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