Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva foram condenados à prisão por penas que somadas chegam a mais de 37 anos de prisão. Nessa segunda fase do julgamento do caso conhecido como “Crimes do Sítio Canto”, o julgamento apurava especificamente o assassinato de Mikael de Souza Melo, morto em 12 de outubro de 2017.
O júri popular ocorreu no Fórum Boanerges de Queiroz Facó nesta terça-feira, 26, e durou cerca de 12 horas. Gleudson foi sentenciado a 19 anos, 4 meses e 15 dias em regime fechado; e Roberto, a 18 anos, 5 meses e 15 dias de prisão, também em regime fechado.
Os réus foram absolvidos pelo crime de corrupção de menores (ambos). Para aplicar a pena a Roberto, os jurados reconheceram uma causa de diminuição de pena em razão da colaboração voluntária e efetiva com as investigações. Gleudson foi absorvido pela agravante de ocultação de cadáver.
Mikael de Souza foi assassinado com um tiro na cabeça, quando estava com a nuca, como parte do ritual macabro conforme investigação na época.
Ainda conforme a Polícia Civil, eles mataram quatro pessoas após atraí-las para uma região erma na zona rural da cidade. O objetivo, conforme confessaram em depoimento, era realizar um ritual macabro que os faria ganhar o prêmio máximo da Mega-Sena.
Relembre
Os dois já tinham sido condenados em dezembro de 2021 pela morte do estudante Jheyderson de Oliveira Xavier, encontrado morto em uma cova.
Também, segundo a investigação, eles atraíam vítimas a um sítio, faziam um ritual com o rosto da pessoa e atiravam na nuca. Um dos condenados desejava também ter “poderes divinos”, mulheres e “poder para desafiar qualquer um”, afirmou, na época, o delegado da Polícia Civil, Marcos Sandro Lira.
Ainda faltam ser realizados os julgamentos das mortes de Ane Jaqueline da Silva, ocorrida no dia 30 de junho de 2017, após desaparecer da cidade de Deputado Irapuan Pinheiro, e de Francisco de Assis de Lima, ‘Vilmar’, morto em 1º de dezembro de 2017. Os restos mortais foram encontrados também na casa daquela localidade.
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