Por Maria Clara Landim (Estudante)
No dia 1 de abril de 1964, o Brasil ficou marcado por um dos seus piores momentos, conhecido como o golpe de estado de 64, que ocorreu a partir do colapso do mandato do 24º presidente da república, João Goulart, dando início a um dos períodos mais deploráveis da história do país: a ditadura militar. Enquanto uma parte da sociedade aplaudia a “revolução”, a outra sofria repressão. O que é considerado uma grande covardia, pois os golpistas militares tomaram posse dos princípios da legalidade, para deslegitimar a oposição, usando um discurso defensivo enquanto ministravam sua ofensiva contra os opositores.
Como base primordial, precisamos lembrar da censura, que faz parte de um passado não tão distante da nossa nação. A propaganda a favor da ditadura mostra como esse fator funciona, a frase “Brasil, ame-o ou deixe-o” mostra como era imposta a censura política na entidade social. O cantor e compositor brasileiro Caetano Veloso é uma prova de que, na época, deixar o país foi uma das alternativas para escapar da perseguição e fez jus ao slogan da época. E todas as atrocidades cometidas pelo militarismo refletem em cabeças pensantes nos dias de hoje da importância de lutar contra a possível volta desse sistema.
Devemos lembrar da frase dita pelo ex-presidente Emílio Médici: “O Brasil vai bem, mas o povo vai mal”. Nos dias atuais, essa frase não surte mais efeito, pois o país não está mais em suas boas condições. Por conta do atual desgoverno, a economia quebrada, o índice elevado da fome, o corte de verbas para a educação e saúde mostram como a afirmação encontra-se contraditória, e também o retrocesso do governo. “Que país é este?”, música composta no ano de 1987 pela banda nacional Legião Urbana, retrata com veracidade o momento descrito anteriormente, dando ênfase os trecho: “terceiro mundo se for, piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico quando vendermos todas as almas dos nossos índios no leilão”. O atual mandante da república se mostra atroz e bárbaro diante da população, e também um discurso que ameaça a volta do militarismo mostra a total desordem atual, e como coisas irão decair ainda mais se esse sistema for implantado.
Portanto, formar a união da população é uma das melhores armas, o uso da palavra e da coragem para revolução são o maior medo daqueles que pregam sobre a volta da ditadura militar. “A cultura é uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo escravo”, a frase do escritor português Antônio Lobo Antunes mostra exatamente a veracidade da tese defendida anteriormente. Destarte, devem ser compreendidos os direitos dos cidadãos, e assim, sabendo da sua liberdade o povo saberá o quanto precisa defender a sua honra e seus direitos.
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