No sítio Lagoa de Baixo, na zona rural de Quixelô, o agricultor Cícero Gomes Neto ainda lamenta a perda de um garrote que foi sacrificado e teve a carne roubada, recentemente dentro da propriedade dele. “Eu acredito que eles agiram ainda cedo da noite, porque com a chuva que teve na madrugada teria ficado rastro. Mataram um dos melhores garrotes que a gente tinha aqui no sítio. Era novo, pesava mais de 100 quilos. Levaram a carne e deixaram o resto do bicho ali perto do curral onde mataram. Agora, perdi o garrote e a produção de leite da mãe dele”, lamentou o agricultor, afirmando que na mesma noite ladrões invadiram e roubaram outras duas propriedades no mesmo sítio. “Levaram o sistema de monitoramento da cerca de choque de uma propriedade e de outra levaram um motor bomba. Fora isso, não tem dois meses que fizeram a mesma coisa com uma vaca de outra propriedade vizinha. Mataram a vaca e deixaram o bezerro sem a mãe dele. Fora porcos que são levados com mais frequência de outros criadores”, disse.
Para Cícero Neto, o prejuízo foi de cerca de R$ 3 mil. Outras vítimas dessas ações criminosas afirmaram que tiveram prejuízos também altos com material que foram roubados, mas não quiseram ser identificadas. Segundo relatos de criadores, essa não foi a primeira vez que ações criminosas desse tipo acontecem na comunidade. Os crimes acabam sendo facilitados pelas estradas vicinais que servem de corredor de fuga.
Assaltos
Na sede da Vila Antonico, muitas casas passaram a ter grades de ferro e correntes nos portões com cadeados. Moradores estão assustados com os crescentes casos de violência. Na comunidade sempre tem alguém que já foi vítima ou conhece quem já foi alvo de assalto. “Moro aqui já quase 30 anos, mas infelizmente a gente perdeu o sossego. Minha filha estava na calçada, cedo da noite, chegou um casal de moto, com desculpa procurando por uma rua. Levaram o celular da minha filha, depois que apontaram um revolver para ela. Nem no lugar que a gente mora na zona rural, a gente tem mais sossego”, comentou o aposentado Ulisses Morais.
Diante dos casos de violência, o comerciante Raimundo Gomes reforçou a segurança da mercearia dele com a colocação de portões de ferro. “A gente passou a vender atrás das grades. Graças a Deus, nunca fui assaltado, mas muitos outros locais aqui já foram, infelizmente. A Polícia Militar faz patrulhamento aqui, mas a gente precisa de um posto da PM, uma viatura aqui presente direto”, pontuou.
Policiamento
Em relação ao animal que teria sido morto e teve a carne roubada, a Polícia Civil está apurando a origem desse vídeo. Mas até o momento nenhum boletim de ocorrência (BO) foi registrado na Delegacia Regional de Iguatu. A Polícia ressalta a importância de as pessoas registrarem BO para dar continuidade às investigações. O boletim de ocorrência pode ser registrado presencialmente em qualquer unidade da Delegacia de Polícia ou por meio da Delegacia Eletrônica – Deletron, pelo site www.delegaciaeletronica.ce.gov.br/beo/, em qualquer horário do dia ou da noite.
A Polícia Militar informa que possui policiamento 24h por dia, e que a comunidade terá mais policiamento na região, com reforço de equipes da Força Tática para dar segurança à população local.
0 comentários