A secretária de Saúde de Iguatu, Marleuda Gonçalves, com a participação de coordenadores da pasta, apresentou na Câmara Municipal de Iguatu – CMI o 1º relatório quadrimestral como forma de prestar contas e tornar público as ações realizadas pela pasta.
Na sessão de terça-feira, 30, foi apresentado o relatório de atividades desenvolvidas pela Secretaria de Saúde entre janeiro e abril de 2023: recursos aplicados, auditorias realizadas ou em execução, as ofertas e produção de serviços públicos na rede assistencial SUS, os indicadores de saúde da população, atenção psicossocial e atendimentos geral, vigilância de saúde.
O relatório é um instrumento normativo instituído a partir da legislação do Sistema Único de Saúde (SUS), que além de acompanhar as medidas realizadas pela Secretaria de Saúde, contribui ainda no desenvolvimento do Plano Municipal de Saúde.
Denúncia/acusação
O vereador Louro da Barra (SD) fez citação de discursos de outros políticos da cidade afirmando que havia roubo e a existência de uma quadrilha na condução da pasta da saúde local. Membros do conselho de ética afirmaram que vão analisar o comportamento do vereador. A secretária além de repudiar o que considerou como injúria prometeu acionar a justiça.
Na apresentação foi enfatizada a aplicação de recursos oriundos do Tesouro Municipal. Constitucionalmente o poder público local deve aplicar 15%, tendo investido em quatro meses um total 24,64% o que vale R$ 13.449028,063. No período, um total de R$ 41.615.751.15 foram aplicados.
O subfinanciamento do Hospital Regional de Iguatu (HRI) e maior participação do estado com aplicação de recursos também foram discutidos com os vereadores. “Apesar da receita sempre aumentar, a demanda se sobrepõe. E o déficit sempre existe. Em dados que coletamos percebemos que essa é uma realidade desde 2017”, disse Marleuda.
A unidade vive a expectativa da divulgação de uma auditoria feita pelo Estado que deve identificar eventuais erros de gestão. A secretária estadual Tânia Mara cancelou sua vinda à unidade no dia 26 de maio e remarcou outra data, mas não divulgada.
Foi evidenciada ainda a dificuldade do equilíbrio das contas e alinhamento de repasses do Estado para pagamento de profissionais cooperados.
Natimorto
A denúncia de possível omissão médica praticada no HRI também foi assunto na câmara. Na segunda-feira, 29, uma gestante chegou ao hospital às 8 horas em trabalho de parto, mas foi informada que só haveria médico na unidade por volta de 19 horas. O bebê faleceu, após cesárea. Um vídeo gravado pelo pai do bebê ganhou ampla repercussão. A secretária afirmou que a unidade estava sem obstetra, mas que a gestante estava sendo acompanhada por médico clínico.
O Ministério Público determinou a instauração de Procedimento Administrativo para investigar a ocorrência de possíveis falhas na prestação de serviços no hospital. A Prefeitura se manifestou quatro dias depois, por meio de nota, afirmando que vai abrir sindicância para apurar o ocorrido.
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