O Sistema Estadual de Cultura – SIEC, criado por meio da Lei 13.811/06, é o principal mecanismo de articulação do Plano Estadual de Cultura ao estabelecer estratégias de gestão compartilhada entre os municípios e a sociedade civil. Um dos objetivos é fortalecer o sistema com parcerias tendo como uma das primeiras metas o fomento para a implementação dos Sistemas Municipais de Cultura, de forma a integrarem o Sistema Estadual de Cultura.

Iguatu foi um dos municípios contemplados com recursos do programa para melhoramento das gestões culturais. “Esse recurso que fomos contemplados é do Governo do Estado que pactuou com as gestões municipais para o desenvolvimento das gestões desses sistemas de cada município onde o sistema está completo, porque ele é composto pelo Conselho de Cultura, Plano Decenal de Cultura e pelo Plano Municipal de Cultura. E esse sistema está passando por um processo de revisão, levando em consideração que o Plano Decenal de Cultura está no período de vencimento. O Sistema Nacional de Cultura já passou por uma revisão e pela aprovação do Novo Sistema Nacional de Cultura e consequentemente os estados e municípios também passam por essas revisões e por essa implementação desses novos sistemas. Iguatu se encaixou dentro dos critérios necessários que é ter todos os componentes do Sistema em funcionamento e foi conquistado esse recurso para manutenção dos equipamentos culturais.  Uma das ações engloba além da compra de bens e materiais, que estão sendo processados para melhoria dos equipamentos da Secretaria de Cultura, como as formações dentro desse pacote”, explicou Carleziana Rodrigues, técnica da Secretaria de Cultura e Turismo de Iguatu que vem acompanhando esse processo.

Formações

As formações iniciaram nesta semana e prosseguem até dia o dia 25. Já foram realizadas formações sobre: Elaboração de Projetos Culturais, Acessibilidade em Projetos Culturais e Elaboração de Portfólio Artístico, Patrimônio Histórico e Cultural e Segunda-feira, Introdução à Produção Cultural e Manutenção de Mapa Cultural. As capacitações acontecem a partir das 18h30 na Escola de Música Humberto Teixeira. “Essas formações são básicas e têm o intuito de auxiliar a classe artística na elaboração de um projeto, na construção de um portfólio artístico, são oficinas de base, na qual o artista vai ter o acesso a entender melhor o que é uma elaboração de projetos. Qual a funcionalidade do serviço de acessibilidade dentro dos projetos culturais, além de outras dicas que os profissionais que estão ministrando as ações vão estar dando pra esses artistas para que eles possam ter o aceso e alcançar oportunidade de concorrer aos editais”, informou Carleziana.

Acessibilidade

Franciélio Silva ministrou a capacitação sobre acessibilidade em Projetos Culturais. Representante da Classe Artista com Deficiência, por ser cadeirante, falou sobre a importância desse momento. “A pessoa com deficiência para além de ser plateia, também hoje é protagonista. Para ela ser protagonista, ela precisa que esses projetos e ações estejam acessíveis. Há muito tempo a gente buscava produtos para inclusão. Nove anos de LPI, hoje buscamos a materialização da acessibilidade. Porque a acessibilidade é o que permite a pessoa com deficiência dentro dessa sociedade. A partir do momento que tenho um projeto que contemple as pessoas com deficiência, isso torna um produto acessível. Ela permite que a pessoa com deficiência esteja no mesmo espaço, mas que essa pessoa não estará só dentro do espaço incluso, mas ela estará inclusa e participativa. Esse momento é muito importante é que traz esses recursos de acessibilidade e como transformar o seu projeto em projeto acessível, fazendo assim, para além de garantir a acessibilidade, garante a participação das pessoas com deficiência dentro do projeto. Para que isso se materializa a gente precisa desse recurso de acessibilidade”, pontuou.

Para a atriz Carla Rosana, esse momento é importante para o desenvolvimento e aprimoramento para as pessoas que trabalham no setor cultural dos mais diversos segmentos. Ela ressalta que os editais de incentivo e fomento cultural oportunizam e valorizam os artistas. “Desde a Lei Paulo Gustavo aqui no município de Iguatu, a gente vem colhendo depoimentos dos artistas nessa demanda de informações, por muitas vezes não ter muita habilidade de inscrever um projeto, de cuidar dessas coisas mais burocráticas. Esse momento é uma oportunidade que se tem de tentar se aprimorar um pouco mais, melhorar. Tem muitos editais, inclusive tem editais do Estado aberto, então é uma oportunidade de aprimorar para poder colocar projetos e está fazendo sua arte”, disse.