Setor de Endemias alerta para infestação do mosquito Aedes aegypti

01/06/2019

De acordo com o 2º ciclo de vistorias concluído recentemente pelos agentes de Endemias, o índice é de 1,62%, com base na média de percentual dos bairros visitados

O setor de Endemias da Secretaria de Saúde de Iguatu alerta a população para o último percentual de índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, de 1,62%, calculado com base nos percentuais de cada bairro vistoriado pelos ciclos de visitas dos agentes de Endemias.

Nos bairros, os números de infestação são oscilantes, alguns mais, outros menos, no entanto preocupantes, já que o índice apresentado faz acender a luz vermelha, uma vez que o Ministério da Saúde preconiza que no caso dos bairros o índice de infestação deve estar abaixo de 1%. Acima disso, (entre 1% e 3,99%) já é considerado estado de alerta. Ainda conforme o MS, se o percentual ficar acima 4% é considerado quadro “muito crítico”.

De acordo com Juliana Silva, coordenadora de Endemias da Secretaria de Saúde, em média devem ocorrer pelo menos 5 ciclos de inspeção por ano. Os números de infestação apresentados são referentes ao 2º ciclo, concluído recentemente. Conforme Juliana, atualmente há um 3º ciclo já em andamento. A coordenadora lembrou que em cada ciclo os agentes de Endemias realizam trabalho de inspeção, eliminação e tratamento, priorizando locais onde há concentração de água limpa e podem servir de ponto de reprodução do mosquito Aedes aegypti, objetivando afastar as possibilidades de infestação em números percentuais indesejáveis.

Risco de epidemia

Conforme o setor, em toda área de atuação dos agentes de Endemias, são 40.118 imóveis para serem visitados, sendo 31 mil na sede urbana e 8 mil na zona rural. O alerta da coordenação de Endemias aponta para uma constatação: desse total de imóveis vistoriados, 21 mil apresentaram índices acima do preconizado (1%), o que também indica riscos eminentes de quadro epidêmico grave de doenças como dengue, zika vírus e chikungunya, uma vez que foram encontrados focos do mosquito transmissor dessas doenças em 50% dos imóveis visitados.

De acordo com os dados levantados, os bairros que revelaram índices de infestação mais altos foram: 07 de setembro (6,08%), vila Centenário (5,19%), Chapadinha (4,08%), Vila Neuma (3,34%), Santo Antônio (2,96%), Cocobó (2,54%), João Paulo II (2,38%), Tabuleiro (2,26%), Esplanada II (2,17%), Brasília (2,05%). Em outros bairros, Cajazeiras, Jardim Iguatu, COHABs, Barreiras dos Constantinos, Jardim Oásis, Flores, São Sebastião, Veneza e Alto do Jucá, os índices variam entre 1,05% a 1,51%. No Centro, o índice de infestação alcançou 1,81%. Situação preocupante no distrito de Alencar onde o índice de infestação do mosquito alcançou 4,17%.

Combate ao mosquito

Nas últimas semanas o município de Iguatu recebeu 5 viaturas de carro fumacê cedidas pela Secretaria de Saúde do Estado para realizar operações de pulverização de produto eliminador do mosquito, cujas operações se revezaram entre a sede e zona rural com prioridade para os locais onde foram identificados os índices de infestação mais elevados.

44 agentes de Endemias do município trabalham nos ciclos de inspeção. Mas a coordenadora Juliana Silva lembrou que o carro fumacê só elimina o mosquito adulto, daí a importância da eliminação do inseto, através da interrupção do ciclo reprodutivo, ou seja, eliminando qualquer local com água parada, dentro e fora dos imóveis, que ele possa usar para se reproduzir.

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