Simpósio debate violência de gênero e feminicídio

03/12/2022

A troca de experiências e debates sobre a igualdade de gênero e o combate a violência contra mulher deram o tom do II Simpósio de Prevenção à Violência de contra a Mulher, na quarta-feira, 29, no campus Humberto Teixeira.

O evento contou com a presença de autoridades, estudantes, professores, magistrados e pesquisadores que estudam os efeitos da desigualdade de gênero na sociedade. A Região Centro-Sul vivenciou um segundo semestre violento quanto aos crimes dessa natureza. Em 66 dias, Iguatu, Cedro e Acopiara registram juntas seis mortes por feminicídio.

O simpósio teve à frente o Centro de Referência da Mulher (CRM) através da Secretaria de Assistência Social. “Falar sobre gênero implica desconstruir padrões culturais impostos por anos aos homens e às mulheres. É lutar contra a naturalidade da masculinidade como sinônimo de agressividade e a feminilidade como submissão e passividade”, afirmou Lílian Araújo, psicóloga do CRM.

De acordo com Pablo Neves, secretário municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, o evento foi uma oportunidade para a construção e fortalecimento das políticas voltadas as mulheres. “Foi um dia muito importante, quando se debateu um tema que é essencial para a construção de uma sociedade mais justa. Durante o simpósio, foram discutidos conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional”.

Saiba mais

Em junho de 2021, pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que uma em cada quatro mulheres no Brasil com idade acima de 16 anos declarou ter sofrido algum tipo de violência no último ano durante a pandemia de Covid-19.  Cerca de 17 milhões de mulheres – 24,4% – sofreram algum tipo de violência – física, psicológica ou sexual – no último ano. O mesmo levantamento mostrou que 73,5% dos entrevistados disseram acreditar que a violência contra as mulheres aumentou no último ano e 51,5% relataram ter visto alguma situação de violência contra a mulher nos últimos 12 meses.

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