Na lembrança do outro não somos necessariamente o que somos em geral… somos o outro…. somos a lembrança do outro…
Reside aí a importância do outro como eu… Exupéry entende isso no diálogo do Pequeno Príncipe com a Raposa…
A lembrança do outro sobre nós muito diz o que o outro que pensa sobre eu pode trazer pra mim uma visão da qual eu sou pra alguém, não pra todos. Lembra da rosa? Ela é única pra você… pois ela é um sentimento de lembrança única para você e o Pequeno Príncipe entendeu isso dialogando com a raposa… a rosa é única, pra você…
Somos essa quimera… esse paradoxo de lembrança distribuído entre os outros … sou o que sou pra mim… sou um outro ou outros para outro e outros… e sou uma sombra…. uma leve lembrança ou até mesmo o esquecimento…. somos isso… aquilo que o traduzido às vezes não traduz, pois o Criador também é criatura e esta não traduz também Aquele.
A rosa é única…. embora seja igual a todas as rosas… mas para ti, és única, pois você lembra…
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