Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
Os novos ataques criminosos que tomaram conta de vários municípios do Ceará nesta semana podem ter orientações vindas de outros estados. Pela menos esta é a suspeita da cúpula da segurança pública no Ceará. O secretário da SSPDS, André Costa, disse que o Estado fez uma verdadeira varredura dentro das celas dos presos nas principais unidades penitenciárias e não foram encontrados aparelhos celulares. André Costa avalia que a comunicação exterior ocorreu por meio das visitas e contatos com advogados.
Na quinta-feira, 26, a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), do Ministério Público do Estado do Ceará, deflagraram a Operação “Torre” para desarticular lideranças de organização criminosa responsáveis pela ordem e execução dos ataques às torres de transmissão de energia elétrica, em abril deste ano, na Região Metropolitana de Fortaleza, bem como dos recentes ataques a veículos e estabelecimentos nesta capital.
Foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão no Ceará e em Pernambuco. Seis pessoas foram presas sob suspeita de ordenar os últimos ataques a veículos e estabelecimentos em todo o Estado.
Desde o início dos ataques no Ceará, na última sexta-feira, 20 de setembro, pelo menos 507 presos já foram remanejados em presídios cearenses. Líderes da facção acusada de promover os ataques estão sendo transferidos para presídios federais em outros estados. As vagas foram disponibilizadas pelo Ministério da Justiça.
“Não vamos arredar um milímetro para combater o crime organizado no Ceará. A possibilidade de regalias no sistema prisional é zero. Nossa determinação é intensificar as operações. Nossas forças policiais têm combatido essas ações. Todos os bandidos serão presos e punidos dentro da lei”, declarou o governador do Ceará, Camilo Santana, após reunião a cúpula da segurança pública no Estado.
Para aumentar o policiamento nas ruas, Camilo Santana autorizou a suspensão das férias dos policiais e que todos os agentes de segurança que estão prestando serviços administrativos sejam deslocados para o serviço de patrulhamento.
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