Ela chega, o sol ainda não nasceu, e com a ajuda da luz do poste começa a montar sua loja. Não demora muito, o carro com carroceria logo está organizado com plantas, flores e até remédios medicinais. Ela também traz adubo, pedrinhas decorativas e até vasos. De segunda a sábado, a florista Sunamita Tavares está no ponto na esquina das ruas Santos Dumont com Agenor Araújo.
“Eu passei a vir para cá tem um tempinho. A primeira vez fui para a Policlínica do Estado. No primeiro dia vendi muito, depois as vendas foram ficando fracas, não compensou ir mais para lá. Vim para a Santos Dumont, ficava mais para o meio do quarteirão, mas não vendia quase nada. Me orientaram a vir pra cá. Graças a Deus, tem dado certo. Comércio é comércio”, relatou.
Bem antes de vir para o centro, ela vendia plantas na calçada da casa dela. “Antes disso trabalhava no comércio, tinha uma lanchonete com o esposo. Mas com a pandemia, mudamos de atividade”, disse. O marido montou um depósito de bebidas e Sunamita passou a vender plantas. “A gente trabalhava com outras coisas antes da pandemia. Depois a gente ficou em casa. Eu já colocava as rosas em casa, na calçada, as pessoas passavam e compravam. Em dezembro passei a vender na rua. Achei esse ponto e vem dando certo”, afirmou.
Com o aumento das vendas, cresceu também a procura pelos produtos. Uma das mais procuradas é rosa. “As pessoas gostam muito de rosas. Quando estão abertas com o pé cheio delas, isso aqui fica tudo cheiroso. O pessoal só tira fotos. É muito legal. Além das medicinais que as pessoas procuram muito. Entre elas a arruda e muitas outras variedades”.
Cuidar
Além de vender, Sunamita tem como diferencial ajudar no plantio. “Se for preciso, a gente vai até a casa do cliente montar e ornamentar como ele quiser. Eu ainda digo que cuide bem delas, siga as minhas orientações que dão certo. Eu sou muito exigente com as minhas e com as que vejo também. As pessoas devem ter cuidados com plantas. Eu explico: planta é ser, e ser vivo precisa de cuidados. O mais recomendado é que não é só jogar água, mas tem que adubar e ter outros cuidados”, orientou.
Todo dia tem alguma pessoa comprando uma planta, uma roseira e também cactos. Datas comemorativas e aniversários, entre outras ações ajudam a aquecer esse mercado. “A gente só tem a agradecer as pessoas. “A maioria das compras são feitas por senhoras idosas. Elas gostam muito de flores, de plantas. A gente conversa e se distrai também aqui no Centro. Todo dia a gente vê gente diferente”, complementou.
Sunamita explicou que a política de preços do negócio depende da variedade das plantas, tamanhos, partindo de R$ 8,00 a mais de R$ 100,00. A pretensão dela é expandir mais o negócio, isso porque com o dinheiro das vendas ajuda no sustento da família. “A maior procura é em cima da hora, no dia principalmente. Às vezes, à noite, tem gente correndo atrás. Então, nossa expectativa é sempre o Dia das Mães, de todas as épocas, é a melhor. Flores são sempre um ótimo presente”, disse.
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