Maria Antônia Leite, 45, conhecida como Toinha do Posto, trabalha a semana inteira como catadora de recicláveis. O papel, metais, plástico e garrafa pet que consegue juntar, no final de semana, vende para a reciclagem e usa o dinheiro para ajudar nas despesas de casa. Todo o material é vendido no final da semana.
Toinha mora com o esposo Antônio Aderaldo e os três filhos, numa casinha apertada na travessa Manoel Alexandre, próximo à ‘Rua dos Inocentes’, nas margens do rio Jaguaribe. A mulher de baixa estatura, de sorriso aberto e marcada por muitas histórias de tragédias pessoais, lutas e sobrevivência é conhecida também por ser uma vendedora ‘pé quente’ dos bilhetes da sorte para pessoas que também acreditam, compram e ganham.
No currículo da vendedora, mais de 40 ganhadores, segundo ela afirma. Não é exagero mencionar que nas últimas duas semanas ela vendeu dois bilhetes premiados e as duas pessoas ganharam e já resgataram seus prêmios. “Me sinto feliz. É uma sensação muito boa, saber que a pessoa ganha um prêmio com a cartela que eu vendo, e minha alegria é ainda maior quando a pessoas é humilde e simples”, disse.
Toinha do Posto citou a premiação mais emocionante de sua vida, quando um senhor ganhou duas vezes, dinheiro e carro. Com os prêmios, comprou sua casa, mobiliou toda. Ela afirma que tem registros de pessoas que já ganharam moto, carro, dinheiro e tiveram a chance de mudar de vida.
O dia certo de encontrar a vendedora de cartelas sentada com sua bancada discreta, ao lado do posto de combustíveis do Alto do Jucá é no sábado, único dia da semana que reserva para proporcionar às pessoas a chance de escolher um bilhete ou cartela, premiados, oferecendo aos anônimos a chance de escolha de mudar de vida. Toinha do Posto é apelido, um nome que foi naturalmente incorporado a ela, porque é rotina na vida da vendedora as manhãs de sábado vendendo suas cartelas para proporcionar felicidade para ela e para os outros.
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