A coluna dessa semana atende mais uma vez, a inúmeros leitores que nos pediram para falar sobre a transporte coletivo em nossa cidade. Na realidade esse não é um assunto novo, uma vez que no ano passado quando fizemos a coluna com esse assunto, enviei a mesma para o então presidente da câmara municipal o nobre vereador Marconi Filho, que na oportunidade me assegurou que o assunto seria objeto de debate naquela casa legislativa, o que não cheguei a saber se de fato foi ou não debatido. O fato é que continuamos na mesma situação de atraso, ao contrário de inúmeras cidades do Ceará que já implantaram a sua modalidade de transporte coletivo.
Não é demais lembrar que esse tema ganhou muita força quando ainda no ano de 2013, salvo engano, foi assunto trazido para discussão na câmara municipal pelo então diretor do Instituto Federal do Ceará, Professor Doutor Dijauma Honório Nogueira, que na oportunidade teve o apoio de um grande número de vereadores, sendo naquela época assegurado ao referido gestor, que o assunto seria debatido e a implantação desse avanço seria realizado em um menor tempo possível, o que até o presente momento não ocorreu e nem se vislumbra que venha acontecer em breve.
O propósito naquela época, inicialmente, era atender as demandas das universidades e Instituo Federal, para logo em seguida o serviço ser estendido para toda a população, sendo, portanto, a primeira etapa uma espécie de protótipo do projeto. Ocorre que se naquela época tivesse havido o compromisso dos gestores políticos, entre eles os nossos representantes na câmara municipal, atualmente esse serviço já estaria totalmente consolidado, atendendo inclusive a faculdade de medicina que está localizada fora da cidade e já no seu quinto semestre letivo, estando, portanto, com um número considerável de alunos e colaboradores necessitando deste serviço.
Inicialmente se dizia que os gestores temiam a implantação do serviço por medo de represálias política (voto) dos moto taxistas, os quais seriam os grandes prejudicados o que não é verdade, depois comentou-se nos passeios públicos que haveria uma questão de quem seriam os mantenedores desses serviços, uma vez que dentro da legislação deveria haver um processo claro para participar como prestador seja como única empresa ou consórcio de prestadores, o que geraria a oportunidade da vinda de várias empresas para concorrer, o que seria excelente para que os preços fossem minorados. O fato é que passados mais de dez anos com prazos estipulados e não cumpridos para o início do serviço, recentemente mais uma vez outro prazo de instalação foi descumprido.
Enquanto isso permanecemos a mercê da boa vontade daqueles que deveriam nos representar de fato, com o único compromisso de contribuir com aqueles que mais seriam beneficiados, que sem dúvida alguma é a população em especial os mais necessitados.
Essa situação impacta diretamente no desenvolvimento urbano da cidade, uma vez que a partir da implantação do transporte coletivo, as distâncias urbanas serão diminuídas, possibilitando às pessoas que não possuem transportes, serem encorajadas a adquirir sua casa em bairros mais distantes por estar sendo disponibilizado transporte para a sua condução.
Por fim, é importante destacar que nenhuma cidade verdadeiramente em evolução, deixou de ter transporte coletivo nesse processo de aceleração urbana com qualidade aos seus moradores.
Na próxima semana falaremos sobre a ausência de uma política pública de acessibilidade nas vias urbanas da cidade, e os impactos às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Boa semana a todos!
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