As chuvas que banham a cidade de Iguatu junto da recarga via afluentes já dão ao reservatório Carlos Roberto Costa (Trussu) números não vistos desde 2014. Com sucessivas recargas, amplia-se a possibilidade de garantia hídrica dos próximos quatro anos para a população da sede. Os níveis são atualizados diariamente pela Companhia de Gestão e Recursos Hídricos (COGERH-Iguatu).
Do início da última semana para ontem (sexta-feira, 31), o nível subiu 1,70m. O volume de aporte nesse ano foi de 29,02 milhões de m³. O Trussu saiu de 36,57% para 47,36% chegando a 127,31 milhões de m³. Esse percentual só foi visto em setembro de 2014. “O ganho no ano em percentual é quase 13%. É um salto significativo que nos faz acreditar que se pode alcançar um nível de recarga ainda maior. Vamos torcer por mais chuvas”, disse Isac Dias, gerente da COGERH em Iguatu.
O reservatório foi construído sobre o leito do rio Trussu, numa parceria entre o DNOCS e a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, tendo suas obras concluídas em 1996. Sua capacidade é de 301.000.000m³. Em toda sua história o açude sangrou duas vezes. A primeira no ano 2004 e a última em 2011.
Ceará
Hoje 39 açudes estão sangrando em todo o estado. Mais da metade (56,05%) dos reservatórios de água no Ceará estão com níveis de abastecimento acima dos 50% do total. A informação, baseada nos dados da COGERH, deverá, caso se mantenha no mesmo patamar, dispensar a necessidade de transferência de recursos hídricos do açude Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) em 2023. Além disso, ainda de acordo com dados da COGERH, o volume geral acumulado global do estado, atualmente em 37,5%, é o melhor desde 2013, considerando o mês de março.
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