As chuvas que banham a cidade de Iguatu junto das recargas via afluentes já dão ao reservatório Carlos Roberto Costa (Trussu) números não vistos desde 2017. Com sucessivas recargas, abre-se a possibilidade de garantia hídrica até o próximo ano para a população da sede. Os níveis são atualizados diariamente pela Companhia de Gestão e Recursos Hídricos (COGERH-Iguatu).
De quinta-feira, 19, para ontem (sexta-feira, 20), o nível subiu 98cm. O volume de aporte foi de 4.189.000m³. O Trussu saiu de 8,80% para 10,92% chegando a 29,34 milhões de m³. Entre sexta-feira (13) e hoje, o reservatório subiu seu nível em 6m52cm, esse percentual só foi visto em agosto de 2017. “É um salto significativo que nos faz acreditar que se pode alcançar um nível de recarga ainda maior. Vamos torcer por mais chuvas”, disse Anatarino Torres, gerente da COGERH em Iguatu.
Parede
Há preocupação por parte da finalização do reparo da parede do reservatório. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) acompanha a intervenção da empresa responsável. Ainda hoje moradores da região denunciam buracos e rachaduras no local. A previsão é que a reforma siga até o início do mês de maio.
A capacidade de armazenamento atual do Trussu é de quase 300 milhões de m³, sendo o segundo maior da Bacia do Alto Jaguaribe, que compreende 25 municípios, ficando atrás somente do açude Orós.
Orós
De quinta-feira, 19, para ontem (sexta-feira, 20), o nível do açude Juscelino Kubistchek (Orós) subiu 1,01m. O volume de aporte foi de 25.361.000m³, saiu de 7,79% para 9,10%. Desde sexta-feira, 13, o reservatório sobe continuadamente. A recarga pelo Rio Jaguaribe por meio de águas oriundas de Cariús, Jucás e Iguatu ajudam sua crescente. Hoje o volume encontra-se em 176.570.000m³.
Ceará
Hoje, o número de reservatórios monitorados pela COGERH, que estão sangrando no Ceará é 24. Os últimos três a superarem a capacidade máxima foram Itapajé, Trici e Valério. Outros cinco açudes (Angicos, Arrebita, Gavião, Jatobá II e Trapiá III) estão com volume superior aos 90%. O volume médio de todos os 155 açudes cearenses é de 18,3%.
Em contrapartida, 80 açudes estão com volume abaixo dos 30%, outros 20 estão no volume morto e oito reservatórios, entre eles o Faé de Quixelô, estão secos, os demais são Favelas, Forquilha II, Jatobá, Joaquim Távora, Madeiro, Mons. Tabosa e Salão.
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