Eis que, numa instância, depois noutra, aqui e lá fora, numa sequência de vitórias que humilham seus algozes e detratores, Lula vai se impondo como a figura ilibada que sempre foi. E quando falo de seus algozes e detratores, nem preciso me referir a gente como Sergio Moro, esse “herói” feito de areia e lama, esse trapo humano que envergonha a toga e a Nação.
Não, refiro-me a uma certa elite fajuta e perversa, e a uma classe média matadora de si mesma, pensando-se classe dominante.
Agora foi a ONU a deitar por terra o veredito acochambrado com desídia e ódio.
Que homem honrado, que ser diferenciado este Luiz Inácio Lula da Silva, que é capaz de suportar toda sorte de perseguição, inomináveis mentiras e a injustiça que lhe fazem, assim, com tanta serenidade, tanto equilíbrio, tanta paz!
Decerto porque possui o dom de enxergar além, de conhecer os acontecimentos do futuro: “Um dia o Brasil saberá quem está me julgando!”, dizia ele, olhando nos olhos do canalha. E assim foi!
Com o parecer do Comitê de Direitos Humanos da ONU, Lula conquista o reconhecimento definitivo de que a Operação Lava Jato, o então juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol atuaram de forma criminosa a fim de condenar o ex-presidente e tirá-lo do páreo nas eleições de 2018, o que constitui um desrespeito a um tratado internacional da Organização das Nações Unidas, de que o Brasil é signatário.
Tudo, diga-se em tempo, com a conivência de instâncias do Judiciário, da grande imprensa, e, como de costume, da índole sacana de endinheirados.
Sob este aspecto, é emblemático o que diz a nota emitida pela ONU: Negou-se a Lula um julgamento justo e as gravações feitas tinham um objetivo precípuo, o de impedir sua defesa a fim de condená-lo e desconstruir a sua imagem perante a opinião pública. E, como já dito, usurpar-lhe os direitos políticos.
Cabe ao governo brasileiro, como propõe a nota do Conselho de Direitos Humanos da ONU, dizer como irá reparar o que se fez, criminosamente, contra Lula.
Aos brasileiros do Bem e da Verdade, que valorizam a democracia e o Estado de Direito, como sugere o prestigiado colunista Hélio Schwartsman, em edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo, “não ter dificuldade para decidir contra quem precisa votar no pleito deste ano”.
É tudo uma questão de consciência!
Álder Teixeira é Mestre em literatura Brasileira e Doutor em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais
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