Com a relação de material escolar do filho de sete anos de idade na mão, a dona de casa Ireuda Ferreira iniciou as compras de parte dos produtos que ele irá utilizar em mais um ano letivo. Depois de um ano difícil por causa da pandemia do novo coronavírus, quando as aulas passaram a ser remotas, isso através da internet, ela espera agora confiante que as escolas sejam reabertas para receber os estudantes.
“Foi um tempo muito difícil, porque todos nós ficamos perdidos. Eu não sabia nem como ia ser as aulas pela internet, mas no final tudo deu certo. E agora espero que as aulas voltem também de forma presencial, porque sei que as escolas estão se preparando para receber as crianças com toda segurança necessária. Eu vou comprar tudo o que ele vai precisar na escola. Estou comprando conforme a escola pediu”, ressaltou Ireuda.
E para o setor, o início do ano letivo é sinal de aquecimento com a venda do material escolar. Mas, segundo lojistas, apesar do bom movimento, as pessoas estão fazendo pesquisas antes de comprar. “A gente espera um aumento das vendas nos próximos dias, isso porque as pessoas estão pesquisando, comprando pouca coisa ainda, somente o básico: cadernos, canetas, lápis, borracha…”, apontou a vendedora Thalita Gonçalves.
80% a mais
Apesar dessas incertezas nesse cenário ainda diferente provocado pela pandemia, teve empresa que investiu na compra de produtos diversificados para atender a demanda e o gosto dos consumidores. Em uma das livrarias mais tradicionais do centro, prateleiras e bancadas estão cheias de materiais. “Nós investimos na compra dos produtos de que os estudantes gostam, dos personagens favoritos. Temos tudo, desde borracha a mochilas. Além disso, também as pessoas podem comprar os livros didáticos e paradidáticos de acordo com a lista das escolas. Apesar do ano ter sido difícil, não podemos desanimar. Esperamos um aumento nas vendas. A gente estipula em até 80% que iremos vender em comparação ao ano passado”, mostrou confiança a comerciante Bernadete Alves.
Cautela
De acordo com o advogado Samuel Alves, os consumidores devem ficar mais cautelosos com a compra do material escolar e também não aceitar comprar de material ‘casado’, prática que, segundo ele, pode ser ofertada por alguma escola. “A gente vem alertando para isso, porque alguma escola pode impor que o pai além de matricular o filho compre aquele material novo ofertado pela escola. Nesse caso as pessoas devem ficar atentas. No caso de ser um material exclusivo da escola uma apostila, por exemplo, que não é encontrada no comércio está certo. Mas se esse material for o mesmo que vai ser utilizado nesse ano, a pessoa pode até procurar o material usado para comprar, desde que não haja mudança no conteúdo das disciplinas. Ela deve ficar atenta e ver com a escola se mudou ou não o conteúdo”, explicou.
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