Mantendo a tradição e com o objetivo de valorizar a cultura nordestina, o Sesc de Iguatu chega a 25 edições do Festival de Violeiros que busca valorizar a arte do repente, a literatura de cordel, a cantoria.
A programação acontece durante todo o mês de outubro, com atividades itinerantes, de 05 a 28 de outubro nas cidades de Iguatu, Cedro, Solonópole, Quixelô e Várzea Alegre. Hoje, sábado, 28, tem apresentação em Várzea Alegre. Já em Iguatu, as apresentações aconteceram na quarta-feira e quinta-feira, na unidade do SESC.
“Pra gente sempre é motivo de muita satisfação poder contar com a grande participação da comunidade. Um evento que chega a 25 anos de luta, para manter viva a tradição da cultura do repente, dos violeiros, do cordelista, do embolador. A nossa proposta é realmente integrar os artistas de todas as idades. Temos cantadores adolescentes, crianças, idosos, jovens e nessa troca de experiência a gente vai fortalecendo a cultura popular, fazendo também com que as pessoas tenham acesso”, disse Raimundo Neto, gerente da unidade em Iguatu.
Legado de Chico Alves
Além das participações musicais com as duplas de violeiros, acontece também o lançamento de cordéis. O poeta Chico Alves, idealizador do evento, também participou da programação. Chico Alves é um dos profissionais mais respeitados também dessa arte, orgulho para os filhos Joás Rodrigues e Jonas Bezerra, que seguem o legado do pai. Jonas falou do orgulho que sente em poder participar por mais um ano do festival, que vem acompanhando desde mais jovem. “Lembro que na época meu pai saiu às ruas de Iguatu com o projeto e logo foi abraçado pelo Raimundo Neto, que adotou o projeto através do Sesc e de lá para cá são 25 anos de muita história, muito trabalho e prestação de serviço”, contou
Jonas Bezerra lamentou a falta de mais apoio financeiro. “O que lamentamos como filho de Iguatu é a cobrança maior de apoio, nem pela questão de recursos, mas pelo menos a presença dos gestores. São 25 anos de festival aqui no Sesc e pouquíssimas vezes nós vimos por aqui os gestores, líderes, os representantes do povo. A gente sente a falta desse povo com a gente também”, finalizou.
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